quinta-feira, 22 de agosto de 2013

domingo, 18 de agosto de 2013

"A canoa virou. Quem deixou ela virar?"



Esta semana levei a pequena a uma aula dessas de psicomotricidade para bebês. Nome estranho que, segundo o Wikipédia, significa "a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo."

Logo no primeiro exercício, tomei um esporro por não deixá-la de bruços. Expliquei que ela não gosta e fica muito sentida comigo quando a deixo assim, mas a "tia" me explicou pacientemente que é de bruços que ela vai desenvolver todo o processo de fortalecimento do pescoço, da coluna, dos ombros para poder virar, engatinhar, sentar e seguir o desenvolvimento.

Segundo exercício, mais um esporro. A falta de deixá-la de bruços, está desenvolvendo muito rápido o processo de sentar. Ela é muito durinha e adiantada nesse sentido. Segundo a tia, não é um problema, mas não é legal pular etapas. Enfim, prometi tomar mais cuidado e acostumar essa menina a olhar pro chão, de castigo! No mais, a parte da aula que a Bethânia quis participar, foi muito legal. Ficou eufórica com as coleguinhas, adorou as cores e brinquedos, colocou a mão da amiguinha na boca, que reciprocamente, repetiu o gesto e 25 minutos depois... berrou de exaustão.
 

E não é que o negócio foi bom mesmo? Após a delicada sugestão da tia comecei a deitar o nenê de bruços e distraí-lo com brinquedinhos para aguentar o processo. Em três dias, ela virou pela primeira vez! Fez uma superforça e voilá! Agora ela aprendeu a brincadeira, mas toda vez que faz é gargalhada na certa, porque a força pra virar é tanta que rola uma bela sequência de peidos, igual uma kombi velha.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"Deus dá o frio conforme o cobertor"

O bico pré-choro
 
O medo de voltar ao trabalho me assombra desde quando Bethânia ainda estava na barriga. Agora, que faltam pouquíssimos dias, meu coração está tão apertado que não sei como ainda está batendo. Acho que já passei por todas as fases que a questão envolve. Pensei que ia ser tranquilo, quis pedir demissão, tive certeza que não seria feliz deixando o meu emprego, procurei todas as brechas de legislação possíveis para estender a minha licença-maternidade, pedi orientações, opiniões e ajuda para várias pessoas, chorei, pensei em demissão de novo, mudança de horário...

Conformada com a necessidade de retorno ao jornal, busquei a única solução possível para nós: uma babá. Eu e meu marido trabalhamos em um horário complexo: das 16h às 23h. Isso não nos deixa com a possibilidade de creches e escolinhas. Nossas mães trabalham (e muito) o que também elimina o método vovó amiga. Não tínhamos escolha. Eu sempre lidei muito bem com essas situações em que não há outro caminho. É isso e pronto, acostume-se. Mas, confesso, essa foi um pouquinho difícil de engolir... Teoricamente, a questão do horário é até boa, porque esse é o momento do sonão. Bethânia sempre dorme perto das 18h e vai até meia-noite mais ou menos. Se a rotina continuar (o que acho difícil), ela vai passar pouco tempo sem mim.

Enfim, desde junho estamos conhecendo a Sandra. Uma pequena pessoa, atenciosa, agitada e trabalhadeira. Quando digo pequena, é verdade. Bethânia com um ano deve estar próxima da altura da Sandra (hehehe). Mesmo achando uma boa pessoa, demorei um mês para conseguir deixar a boneca meia hora sozinha com a babá. Hoje, estamos mais acostumadas.


O problema é que, com a proximidade, tenho passado essa ansiedade para a nenê. Nos últimos dias, Bethânia virou um carrapato. Chora no colo de todo mundo, não fica com ninguém e, o pior, berra enlouquecida quando vê a Sandra. Tadinha da Sandra.


Além disso, tem a questão do leite. Tomei a decisão de não introduzir comida na criança antes do seis meses. Estou fazendo um estoque de leite materno para ela tomar enquanto estou fora. O problema é que ela não pega a mamadeira. Tenho alguns dias para tentar outros métodos: copinho, colher, sonda... o que der, deu. Para me consolar, as pessoas dizem: "O instinto de sobrevivência dela é maior. De fome ela não vai morrer". Poxa, mas vai sofrer muito até lá, né? E ela está acostumada a dormir no peito. Ai, ai, não como vai ser isso...


... bem, vamos lá. Mais uma fase difícil da maternidade. Espero que o meu sofrimento seja muito maior que o dela e que fiquemos bem ao final disso tudo.