domingo, 9 de março de 2014

"Palavras apenas, palavras pequenas... Palavras ao vento"



Filho de jornalista sofre desde cedo

Uma pergunta muito comum entre as pessoas é "Qual foi a primeira palavra do bebê?" Lá em casa, uma brincadeira recorrente é que a primeira palavra da minha irmã foi "compra", mas tudo em tom de brincadeira e pouco bullying (hehehe). Enfim, como muitas coisas sobre a maternidade, nunca havia refletido sobre isso, mas, agora, quando vejo a Bethânia pra cima e pra baixo falando "ma-mã", "ma-mã", parei para pensar o que isso significa.

Sim, foi a primeira palavra dela, mas, ao contrário do seria uma reação "normal", isso não me deixa com os olhos marejados ou cheia de orgulho e emoção. Acho que por dois motivos específicos. Primeiro, demorei a entender se havia intenções por trás daquele som. Desde bem pequena, ela é superfaladeira. Está sempre fazendo um monte de barulhos, sons desconexos e cantando, cantando muito alto (ela só dorme se ninando). Aos três meses, ela já imitava a gente fazendo "a-e-i-o-uuuuu". Então, quando ela falou mesmo o primeiro "ma-mã", ela já tinha brincado com essas sílabas diversas vezes, o que soou natural pra mim.

Segundo, normalmente, ela usa o "ma-mã" quando chora, pendurada nas minhas pernas pedindo colo ou me procurando pela casa. Então, acaba que ela usa mais a palavra em momentos "sofridos" e essa é a associação que fica. Fora que ela chama o pai e a babá de "ma-mã" também. Ou seja, não sou eu. "Ma-mã" é o sentimento de acolher e de cuidar. Isso eu acho importante e emocionante. A primeira coisa que a minha filha aprendeu é que mãe é isso: abraçar e amparar.

Já o papai, ficou todo bobo quando ela soltou o primeiro "ba-bai" olhando pra ele.